quarta-feira, 31 de agosto de 2011

265 picaretas evitam a cassação de uma.

A Câmara dos Deputados absolveu na noite de terça feira dia 30 de agosto de 2011, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) no processo de cassação do seu mandato. Foram 265 votos favoráveis a ela, 166 pela cassação e 20 abstenções. Eram necessários 257 votos para tirar o mandato de Jaqueline. Para os parlamentares, o vídeo de 2006 no qual ela aparece recebendo um pacote de dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, não representou quebra de decoro parlamentar. O principal argumento usado é que, naquela época, ela ainda não era deputada.

A gravação em que Jaqueline aparece recebendo um pacote de dinheiro foi divulgada em março em primeira mão pelo portal Estadão.com.br. Com base nisso, o PSOL pediu ao Conselho de Ética a abertura de investigação contra a deputada. Aquele colegiado decidiu por 11 votos a 3 recomendar a cassação da parlamentar. No plenário, porém, o voto secreto e o quórum baixo ajudaram a salvar o mandato da deputada.

A sessão foi iniciada às 17h30, com uma hora e meia de atraso. Mesmo assim, somente 310 deputados tinham registrado presença e menos de 100 estavam presentes quando o relator, Carlos Sampaio (PSDB-SP), foi ao plenário explicar aos colegas seu parecer. Outra amostra da pouca atenção dispensada pelos deputados ao caso é que somente seis se inscreveram para falar sobre o tema.

Entre os parlamentares, prevaleceu o discurso do medo espalhado pela defesa de Jaqueline. Os deputados acabaram absolvendo a colega para se proteger do futuro por enxergarem em uma eventual condenação a possibilidade de virem a ser alvos de processos por fatos cometidos antes do mandato. Apesar das poucas defesas públicas, a maioria da Casa preferiu enfrentar a opinião pública a correr riscos.

A deputada usou a sessão que definiu seu futuro para falar na Casa pela primeira vez sobre o episódio. Frustrando as expectativas, porém, ela não entrou no mérito do caso. Jaqueline preferiu atacar a imprensa. "Lamentavelmente vivemos um período em que parcela da mídia devora a honra de qualquer pessoa". Fez ataques também ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que a denunciou na semana passada. Para ela, o processo que enfrentou na Câmara deveu-se a "absoluto interesse político".

Em seu pronunciamento, Jaqueline tentou dar um tom emocional ao caso. Ela afirmou ter sofrido muito junto com sua família e citou até o problema de um filho que sofre de hemofilia. Terminou seu discurso pedindo aos colegas que não a condenassem de forma "sumária".

O relator do processo tentou rebater a defesa argumentando que o fato só foi conhecido em 2011 e, portanto, teria de ser encarado como novo. "O ato indecoroso existe para que possamos extirpar do parlamento aquele que praticou ato contra o parlamento. Isso só pode ser discutido no momento em que o fato veio a luz", disse o relator.

Sampaio citou que a própria Jaqueline já tinha pedido a condenação de uma colega quando esteve diante de uma situação similar. Em 2009, a Câmara Legislativa da Distrito Federal cassou Eurides Brito por ter aparecido em vídeo recebendo dinheiro de Durval. Na ocasião, Jaqueline foi à tribuna e chamou a colega de "cara de pau" e "mau caráter".

Os argumentos do relator, porém, foram poucos para demover os deputados a proteger um dos seus e, com isso, Jaqueline Roriz foi absolvida e poderá agora "resgatar plenamente" sua capacidade política, como ela afirmou.

A última vez que a Câmara cassou um deputado foi no escândalo do mensalão. Naquela ocasião, foram cassados Roberto Jefferson (PTB), José Dirceu (PT) e Pedro Correa (PP). Naquele escândalo, outros seis deputados foram absolvidos em plenário.

Fonte: www.folhaonline.com foto: divulgação

É mais uma vergonha nacional. Quer dizer que ela pode enquanto pessoa “comum” cometer crimes, depois se esconder atrás de imunidade parlamentar? até quando vamos nos calar diante da corrupção? ela é benéfica para você em algum momento? devemos gritar, mostrar nossa indignação a esses senhores e senhoras. O povo brasileiro não é idiota. Os 265 votantes devem ser divulgados, no mínimo eles estão com “rabo preso" em alguma falcatrua.

O que foi votado na realidade, é a manutenção da corrupção, porque se um vídeo onde a deputada corrupta, recebe um maço de "dinheiro sujo" não é prova contundente para a cassação de seu mandato, o que será necessário a ela e aos outros 265 deputados fazerem para que haja a mesma justiça que se exigem de nós cidadãos comuns?

O Brasil precisa de um movimento onde o povo lute realmente contra a corrupção e por uma política que privilegie realmente os brasileiros. Diga não a corrupção e fora os corruptos.






Um comentário:

  1. Só existe justiça nesse país pra pobre.Na minha opinião deveria pesar sobre esses indivíduos corruptos outros crimes,pois quando eles roubam o NOSSO dinheiro,eles nos tiram o direito a um bom hospital,uma boa educação,a segurança ,ao lazer,enfim a uma vida digna.E o pior é que enquanto nós pobres morremos numa fila de hospital,passamos necessidades,sofremos com a falta de sanemento ou com essas ruas esburacadas e sem iluminação,ELES desfrutam com um dinheiro que não os pertencem.E NÓS assistimos a isso passivos,prostardos e inertes.
    Porquê será que esses 265 cúmplices desta mulher não mostraram a cara?

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