quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Ensino de Religião nas Escolas Públicas?

Ensino religioso em nosso país
A Lei de Diretrize e Base da Educação 9394/96 com redação dada pela Lei nº 9475/97 que declara a obrigatoriedade do Ensino Relegioso no Ensino Fundamental. No Art. 33º declara - O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.

Na constituição brasileira são atribuídos os exercícios sacerdotais apenas três categorias religiosas: O Padre (sacerdote católico), O Rabino ( sacerdote judaico), e O Pastor Protestante (sacerdote da confissão evangélica). Ficando de fora as religiões não cristãs como: Islamismo, Budismo e religiões cristãs que estão fora da classificação de católicos e protestantes como: Kardecismo, Umbandismo, Candoblecismo etc.

Segundo a Constituição Federal promulgada em 05 de outubro de 1988, o Brasil é um país laico, ou seja, que não tem religião oficial, nem sofre influência delas. Porém, temos uma sucessão de erros em nosso país, como por exemplo em prédios públicos, símbolos religiosos como marca protetora dessas instituições. Sendo o Brasil um estado laico como podemos estar discutindo o ensino religioso em nossas escolas? O mais razoável seria discussão mais ampla sobre a luta contra a intolerância religiosa, pois o próprio país é excludente quando só reconhece três grupos religiosos oficialmente. É no mínimo contraditório. Promover a educação religiosa de quem? Que formação esse profissional deve ter, se o estado Brasileiro só reconhece os cursos de Teologia como seminário e não como licenciatura plena, então... quem irá lecionar essas aulas?

Acredito que essa temática deveria ser realmente tratada com a importância que ela merece, não podemos esquecer que as religiões de matriz africana devem ser respeitadas e, se deixarmos que o estado promova o ensino religioso, nem como cultura poderemos num futuro falar das religiões de matriz africana.

Educação religiosa no meu ponto de vista é de responsabilidade da família, e quando vamos respeitar aqueles que não tem religião? Vamos lutar sim, mas vamos promover primeiro um debate amplo com a sociedade. Chega de termos Leis que não beneficiem o coletivo, chega de hipocresia!

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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

História de Rio Grande do Norte.

Sigla: RN - Área total: 52.796,791 Km2 - População do Estado: 2.558.660 - Número de municípios: 167 - Clima: Tropical - Capital: Natal - População da capital: 774.205 - Fonte:IBGE
História do Rio Grande do Norte:
O Brasil na época do descobrimento era habitado por povos ainda primitivos, e no Rio Grande havia a tribo dos índios Potiguares, conhecidos por sua braveza, esta que dificultou a colonização.Além dos Potiguares, por volta de 1550 o Brasil já havia sido também invadido pelos Franceses.Estas invasões preocupavam Portugal, e, uma vez que a Capitania do Rio Grande ficava localizada no ponto mais estratégico da costa brasileira, o Rei retomou a posse da Capitania e ordenou a construção de um forte para expulsar os Franceses da costa.Foi então assim que, segundo os livros de historia, nasceu o Rio Grande do Norte. A partir da construção de seu mais importante monumento, a Fortaleza dos Reis Magos, foi formado um povoado às suas proximidades, que daria origem posteriormente à cidade de Natal, fundada em 1599. Hoje os habitantes de Natal são conhecidos tanto por Natalenses quanto por Potiguares.O Rio Grande do Norte teve novamente em papel importante na História do Brasil durante a 2ª Guerra Mundial.
Sua situação geográfica era fundamental para os Estados Unidos como ponto de apoio para defenderem ataques vindos da África em direção à América do Norte e do Canal do Panamá.Os dois países, Brasil e Estados Unidos estreitaram relações e foi construído no Rio Grande do Norte um Quartel General que serviu de base para os americanos durante a segunda Guerra.Um grande centro de chegada e saída de aeronaves movimentou o Estado durante a segunda grande guerra, e tornou Natal, além de Pearl Harbor um dos mais prováveis alvos de ataque inimigo. O Campo de Parnamirim, hoje conhecido como o Aeroporto Internacional Augusto Severo, era chamado Trampolim da Vitória, pois era dali que os americanos partiam em direção às áreas inimigas, e culminou na vitória dos aliados na 2ª Guerra Mundial.
Sua Capital - Natal
Em 25 de dezembro de 1597, quando o Capitão-mor de Pernambuco, Manoel de Mascarenhas Homem, aportou com sua esquadra na foz do Rio Potengi ele tinha como objetivo ocupar, em nome de Portugal, uma região então denominada por corsários franceses e índios hostis. A primeira providência foi construir uma fortificação, denominada Forte dos Reis Magos e entregar o comando das operações terrestres a Jerônimo de Albuquerque.A ocupação total somente se deu dois anos depois, após embates contra os franceses e articulações com os indígenas. Em 25 de dezembro de 1599, Jerônimo de Albuquerque, fundou a Cidade de Santiago, posteriormente rebatizada como Natal. A coincidência entre as datas do desembarque da expedição e da fundação da cidade, ambas no dia 25 de dezembro, dia do nascimento de Cristo, justifica a escolha do nome – Natal.Corria o ano de 1633, quando Natal foi conquistada pelos holandeses da Companhia das Índias Ocidentais, passando a chamar-se Nova Amsterdam. A Cidade permaneceu com esta denominação, até quando tropas portuguesas, auxiliadas por brasileiros e índios aliados expulsaram os invasores e restauraram o domínio de Portugal na região.A partir daí, a cidade só cresceu. Natal tem várias denominações, dentre elas: “ Trampolim da Vitória “ – Porque daqui partiam os aviões americanos para combater o nazi-fascismo na Europa durante a II Guerra Mundial; também “ Capital Espacial do Brasil “ – Depois da instalação de uma base de lançamento de sondas de análises meteorológicas na base de lançamentos de Barreira do Inferno.Situada no Nordeste brasileiro, Natal apesar de quatrocentona, é uma cidade moderna. Concentrada, inicialmente, no bairro da Ribeira, com seus casarios, é separada geograficamente pelo Rio Potengi, realçando sua beleza, onde de um lado ficam os bairros de Santos Reis e as Rocas e na outra margem a praia da Redinha. Ganhou ares de modernidade quando o arquiteto Giácomo Palumbo montou um projeto arquitetônico que diferenciou a cidade das demais capitais nordestinas, com ruas e largas avenidas, para os bairros do Tirol e Petrópolis.Natal tem no turismo sua principal fonte de renda, chegando a concentrar atualmente 25% de sua população economicamente ativa como mão-de-obra trabalhando nessa atividade.Suas principais atrações turísticas são as praias de Ponta Negra, Via Costeira (Onde se concentram os maiores hotéis instalados na capital), Areia Preta, Praia dos Artistas, Praia do Meio, Praia do Forte e a Praia da Redinha. Os monumentos históricos são o Forte dos Reis Magos, Teatro Alberto Maranhão, Palácio da Cultura (antiga sede do Governo Estadual), Palácio Felipe Camarão (atual sede do Governo Municipal), Solar Bela Vista, Igreja do Rosário dos Pretos, Igreja do Galo, Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, Prédio da Ordem dos Advogados do Brasil, Instituto Histórico e Geográfico, Academia Norte-rio-grandense de Letras, Grande Hotel, Colégio Atheneu Norte-rio-grandense, Prédio da Associação Comercial, antiga Faculdade de Direito, Capitania das Artes (antiga Capitania dos Portos), Farol de Mãe Luiza, Junta Comercial do Rio Grande do Norte, Estação Metropolitana de Trens Urbanos, Pedra do Rosário e a Igreja Bom Jesus das Dores.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Cotas - Reparação ou privilégio?

Lendo a entrevista da Drª Roberta Fragoso Menezes Kaufmann no dia 20 de julho de 2009 à agência Brasil, fui tomado novamente da preocupação do entendimento das pessoas com relação a questão de cotas raciais no Brasil. Não posso esquecer de informar que ela é a advogada do DEM (Democratas), no processo contra as cotas em Universidade pública no país.
Quando se fala em cotas raciais, temos que entender que não se fala em benefícios a grupos minoritários, até mesmo porque (nós negros somos maioria nesse país). Ao trazermos a discussão das cotas estamos falando tão somente em reparação, em dar ao povo negro o mesmo tratamento que fora dispensado a outros grupos étnicos existentes no Brasil, não podemos esquecer que: os Japoneses, Italianos e outros vieram para nosso país depois de nós, e, com a promessa e, depois cumprimento de garantias de terem terras e uma remuneração para o trabalho.
Os negros aqui chegados vieram como escravos tendo suas famílias destruídas, sendo arrancados de seus países sem nenhuma chance de negociação ou de acordo prévio. Foram sequestrados e confinados em um país estranho à eles e de forma desumana, desleal e cruel. Temos sim, de reparar aquilo que uma amiga pedagoga Rejane P. de Araújo chama de genocídio e, foi sim! Pois negros e negras foram assassinados violentamente, na travessia do atlântico, e também dentro do Brasil e nada foi feito.
Não posso negar que a Drª Roberta é muito inteligente e defende como ninguém o “não a cotas”, porém ela esquece de analisar a reivindicação como uma reparação. Não falo de reparação igual a da Alemanha, que pagou em dinheiro indenizações as vitimas e descendentes judeus do holocausto, estou falando de inclusão racial sim! Pois é dessa forma que nossos filhos irão atingir o acesso a níveis superiores de ensino. Como ela mesmo relata em sua entrevista cerca de setenta por cento dos pobres são negros, então, os mesmos não terão as mesmas condições de acessibilidade dos filhos da elite, que tem uma condição de estudo privilegiada, e sim com isso garantindo sua cota. É lamentável para um país dessa envergadura ainda estarmos discutindo se o negro tem ou não que ser integrado a sociedade de forma efetiva; o negro foi quem mais contribuiu para que o Brasil chegasse aonde chegou, e, porque ele não pode ser parte integrante para desfrutar das maravilhas que o país pode oferecer?
Concordo quando ela diz na entrevista que o modelo norte americano não serve para nós, lógico que não, até mesmo porque nos Estados Unidos, o racismo era declarado; fazendo então com que negros se protegessem. Pois, “o mal era branco”.
Lutamos por reparação e, como disse o Ministro da Promoção da Igualdade racial, o Deputado Federal Edson Santos “Por isso, é preciso tratar os desiguais de forma desigual, elevando os desfavorecidos ao mesmo patamar de partida dos demais.” É obvio que precisamos melhorar o sistema de educação do país, porém, até que essas mudanças cheguem, precisamos que nossos negros e negras sejam respeitados e tenham a condição de desfrutar do que eles plantaram e não podem colher.
A sua participação e entendimento do assunto é importante, por isso, entre e deixe seu comentário.

Dia Internacional Contra a Discriminação Racial!

Hoje Dia Internacional contra a Discriminação Racial.  Num momento em que vivemos ataques raciais diários em nosso país e em todo mundo...