sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Cai taxa de desemprego.

Taxa de desemprego cai e fecha novembro em 4,6%

A taxa de desemprego no país fechou o mês de novembro em 4,6%. O dado foi divulgado na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é o menor da série histórica - iniciada em 2002, e a mesma registrada em dezembro de 2012, que havia sido 4,6%.
O índice é também inferior ao registrado em novembro de 2012 (4,9%). Em outubro deste ano, a taxa havia sido 5,2%.
A luta da direita, da elite brasileira e dos imperialistas norte americanos em deixar em "pouca luz" os feitos do governo da Presidente Dilma (PT), caem por terra quando vemos a realidade não só nas pesquisas, nos números, mas, quando na mesa do trabalhador, e na qualidade de vida que melhora a cada dia. Sei que ainda há muito a ser feito, porém, temos sim algo para celebrarmos. 

Saúde da população negra em debate em São Pedro da Aldeia

Prefeitura aldeense discute Política de Saúde Integral da População Negra.
Por Raíra Morena em 18/12/2013
A Prefeitura de São Pedro da Aldeia, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu, nessa quarta-feira (18), o 1° Simpósio da Saúde Integral da População Negra, na Câmara Municipal. O evento teve como objetivo discutir estratégias e deliberar propostas para a consolidação de políticas públicas de saúde voltadas para a população negra no município. Representando o Prefeito Cláudio Chumbinho, o vice-prefeito Iédio Rosa compareceu ao encontro, ao lado do Presidente do Legislativo, Guga de Mica, membros da Secretaria de Saúde, entre outras autoridades municipais e matrizes africanas. À frente do ciclo de palestras estiveram o Coordenador da Promoção da Igualdade Racial, Sérgio Rodrigues, a coordenadora municipal de Vigilância em Saúde, Eliane Conceição, o representante da Câmara Técnica Estadual de Gestão Estratégica participativa, Celso Moraes e o Presidente da Associação dos Remanescentes de Quilombo de Botafogo, Roberto Santos.
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De acordo com a coordenadora municipal de Vigilância em Saúde, os objetivos foram atingidos. “Foi um encontro bastante produtivo. O nosso objetivo foi justamente criar um espaço aberto de discussão e diálogo, promovendo o conhecimento e mobilizando tanto a população como os profissionais de saúde acerca das diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. O próximo passo agora será nós tecermos, junto ao Conselho Municipal de Saúde, tudo o que ficou acordado durante o simpósio, para que as propostas possam ser normatizadas. Nosso objetivo é efetivar essa política no município, dentro da linha de trabalho do Prefeito Cláudio Chumbinho, prezando por uma gestão solidária e participativa em prol da qualidade de vida para toda a população”, destacou.
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Representando a sociedade civil, o Presidente da Associação dos Remanescentes de Quilombo de Botafogo, Roberto Santos, destacou o empenho da Administração Pública em efetivar ações pela equidade do atendimento em saúde e pela promoção da igualdade racial. “Hoje São Pedro da Aldeia está muito a frente de diversos municípios. Graças à atual gestão, os profissionais da equipe do Programa Saúde da Família da nossa comunidade hoje já recebem incentivo financeiro específico. Também é motivo de muito orgulho para nós a inauguração, na nossa comunidade, da primeira Escola Quilombola do Estado, que foi outra importante realização da Prefeitura. Agradeço ao Prefeito Cláudio Chumbinho que tem aberto as portas para nós. Isso mostra que o município está no caminho certo”, disse.
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Entre os temas abordados pelo ciclo de palestras estavam as diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, indicadores e corte social, estratégias e ações concretas para o cuidado, atenção, promoção à saúde, recuperação e prevenção de doenças, incluindo as enfermidades genéticas e hereditárias vinculadas à etnia, como a anemia falciforme e a hipertensão arterial, além do combate a discriminação étnico-racial nos serviços e atendimentos oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS).
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 Após as explanações, foram formados grupos de trabalho para a deliberação de propostas. Entre as propostas deliberadas estiveram a capacitação, formação e sensibilização para trabalhadores de saúde, a criação de um Comitê Técnico Municipal, intersetorialidade e mobilização popular de lideranças comunitárias. As propostas agora serão encaminhadas ao Conselho Municipal de Saúde.
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Eleição de Michelle Bachelet, Socialismo novamente no comando do Chile.

Dilma cumprimenta Michelle Bachelet pela vitória nas eleições chilenas

Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff usou sua conta no microblog Twitter para saudar Michelle Bachelet pela eleição à Presidência do Chile. Dilma escreveu que Brasil e Chile têm muito a cooperar e construir juntos e disse estar certa de que seu governo e o de Bachelet vão aprofundar ainda mais as relações entre os dois países.
“#BrasilChile tem muito a cooperar e a construir juntos. Temos uma compreensão clara do papel da integração da América do Sul”, escreveu no microblog. Dilma ainda cumprimentou os chilenos por mais uma eleição democrática.
A socialista Michelle Bachelet foi eleita ontem (15) presidenta do Chile, pela segunda vez. Ela obteve 63% dos votos no segundo turno, derrotando a adversária Evelyn Matthei, que representa a aliança de centro-direita. Matthei, a candidata do atual governo, teve 38% dos votos.
Com a vitória, Bachelet é a primeira mulher eleita e reeleita para a Presidência do Chile. Ela governou o país de 2006 a 2010, deixando o lugar para o atual presidente, Sebastián Piñera. Pela legislação chilena, os presidentes não têm direito a dois mandatos consecutivos.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Avaliação positiva do governo aumenta 6 pontos percentuais.

Jornal do Brasil

Brasília - O percentual da população que avalia como ótimo ou bom o desempenho do governo da presidenta Dilma Rousseff aumentou de 37% para 43%. A aprovação da maneira como ela governa oscilou de 54% para 56%, enquanto a parcela da população que confia na presidenta se manteve estável em 52%.
A exemplo de pesquisas anteriores, o combate à fome e à pobreza se manteve como única área com percentual de aprovação superior à desaprovação (53% contra 45%). Já entre as áreas com pior desempenho, está a saúde, com 52% de indicação dos entrevistados.
A aprovação da maneira como Dilma governa oscilou de 54% para 56%
A aprovação da maneira como Dilma governa oscilou de 54% para 56%
Os dados de dezembro apontam uma tendência de retomada de aprovação do governo. Em junho, quando o Brasil foi tomado por manifestações e insatisfação com o governo, a aprovação do governo Dilma chegou a 31% de ótimo ou bom, seu pior resultado.
Os dados fazem parte da pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendada ao Ibope, e divulgada hoje (13).
A pesquisa ouviu 2.002 pessoas, entre os dias 23 de novembro e 2 de dezembro, em 727 municípios. O levantamento tem margem de erro de 2 pontos percentuais.
Com Agência Brasil

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

E aí, JK se acidentou ou foi assassinado?

Rodrigo Rodrigues - fonte: www.jb.com.br


Conforme Terra Magazine adiantou ontem, a Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, comandada por vereadores da cidade, apresentou nesta terça-feira (10) o relatório de 90 itens, mostrando que o ex-presidente Juscelino Kubitschek foi alvo de complô do governo militar para assassiná-lo. O documento registra várias supostas provas de que o acidente que envolveu Juscelino Kubitschek e o motorista dele, Geraldo Ribeiro, em 22 de agosto de 1976, foi armado por agentes do antigo regime.
"Há indícios incontestáveis de que o motorista do carro do ex-presidente foi atingido por um projétil antes do carro se chocar com um caminhão que vinha do lado contrário. Toda aquela história de que o Opala onde estava Juscelino e o motorista foi atingido por um ônibus da viação Cometa é armação. Laudos, depoimentos e documentos daquela época nos ajudam a concluir que houve fraude e omissão das perícias que atuaram no caso”, afirma o presidente da comissão, vereador Gilberto Natalini (PV).
Na versão oficial contada pela Polícia na época do acidente, o motorista de Juscelino Kubitschek, conduzia o veículo Opala pela rodovia Presidente Dutra quando, ao tentar ultrapassar um ônibus, o carro foi atingido pelo coletivo, na altura da cidade de Resende (RJ), ultrapassando as as e colidindo com um caminhão que vinha em sentido contrário.
Na visão da comissão paulistana, porém, Geraldo Ribeiro teria sido atingido por um projétil antes de perder o controle e causar o acidente. A afirmação se baseia na falta de laudos e exames de raios X feitos no corpo do motorista naquela época e no depoimento de um dos peritos que estiveram no local do acidente naquela noite.
No depoimento do dia 13 de novembro de 2013 à Comissão Municipal, o perito criminal Alberto Carlos de Minas relatou ter sido impedido pelas forças policiais que faziam a proteção do local do acidente de fotografar o corpo de Ribeiro, ao constatar um buraco no crânio do motorista.
Experiente no assunto, o perito disse à comissão que o buraco tinha todas as características de uma abertura causada por arma de fogo. Alberto Carlos de Minas também relatou que, dias depois, recebera a informação de que o crânio do motorista havia sido esfacelado durante o acidente e que, portanto, não haveria como constatar qualquer abertura de projétil.
“Parece história da carochinha. Como é que todos os exames foram feitos no corpo do ex-presidente, mas não do motorista que guiava o carro?”, questiona Natalini.
Na época do acidente, a pericia também constatou supostas marcas de tinta do Opala onde Juscelino Kubitschek era conduzido e também no ônibus que era dirigido por Josias Nunes de Oliveira.
O relatório da comissão da verdade diz, entretanto, que laudos da própria perícia técnica da época apontaram que vários ônibus da mesma viação tinham marcas semelhantes, produzidas por manobras inadequadas nas garagens e estações rodoviárias por onde circulavam. 
"Ao ouvir o depoimento do motorista Josias Nunes de Oliveira e de passageiros que estavam no ônibus naquela noite, nenhum deles diz ter ouvido barulho de colisão ou sobressaltos antes do fatídico acidente", aponta o documento da Câmara.
Em relato emocionado, o próprio Josias Nunes de Oliveira disse à comissão que havia sido procurado por dois homens travestidos de repórter de um jornal, que ofereceram uma mala de dinheiro para que ele assumisse a culpa por aquele acidente. “Eles foram na minha casa e disseram que se eu não aceitasse o dinheiro e assumisse a culpa, eles bateriam em mim”, declarou Oliveira, hoje com 69 anos de idade.
“Os indícios são bastante contundentes e nos permitem concluir que houve falhas propositais para mascarar os fatos. Apresentamos esse relatório como uma chance de reparação e Justiça histórica ao Brasil e aos brasileiros”, comenta o vereador Ricardo Young (PPS), membro da Comissão da Verdade Municipal. "O governo militar queria impedir a retomada ao poder de lideranças democráticas legítimas. É lamentável que só agora, 23 anos depois da abertura política e 37 anos depois do acidente, a verdade possa emergir do oceano de armações do regime", completa.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Mandela: Presente! Agora e sempre!

Walmyr Junior * fonte: www.jb.com.br
Décadas na prisão, intolerância, Apartheid, segregação social e racial, racismo, foram um pouco do reflexo das lutas que Nelson Mandela enfrentou. Não tem como deixar de citar que diante de tantas opressões e insistência em um regime autoritário, com a cultura do ódio e da morte, o Nobel da Paz só insistiu no perdão em vez de vingança, só insistiu no amor, invés do ódio.
O eterno presidente da África do Sul deixou-nos aos 95 anos de resistência pelo povo negro e pobre, faleceu em Pretória, nesta quinta-feira (5). Sua luta, inebriada a história de sofrimentos e perseguições deixa um legado de coragem e ousadia pelos direitos humanos dos mais excluídos.
"Ele partiu, se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o presidente Jacob Zuma em cadeia internacional “Ele descansou, agora está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.”
Com a previsão de 12 dias de funeral, o corpo será enterrado, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu, localizada na província pobre do Cabo Leste, onde  cresceu. Seus restos mortais se juntarão ao de três de seus filhos, que foram sepultados no mesmo lugar onde será enterrado.
"Madiba", como era conhecido na África do Sul, é considerado um dos maiores heróis da luta pela igualdade de direitos para os negros na Africa do Sul e fora dela. Sem dúvida foi o protagonista pelo fim do regime racista do apartheid. Sua vulnerabilidade sempre foi a saúde, que o impedia de ainda fazer mais pelo seu povo, que ainda sim o tem como herói nacional. Mandela é alvo de um grande culto no país, em que sua imagem e citações estão estampadas em todos os lugares.
Mesmo preso durante 27 anos, diante das grades vai se tornando um mito, mesmo na cadeia ganhou renome internacional. Quando em 11 de fevereiro de 1990, o líder sul-africano foi solto, se criou um evento que foi transmitido mundialmente, nele, disse que continuaria lutando pela igualdade racial no país. No ano de 1993 ganhou o Prêmio Nobel da Paz.
Prefiro ficar com estas palavras, ao invés de pecar por ausências de expressões que não possam iluminar:
“Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentr
o de nós. Não está apenas em um de nós: está em todos nós. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros”. 
Nelson Mandela
* Walmyr Júnior é graduado em História pela PUC-RJ e representou a sociedade civil em encontro com o Papa Francisco no Theatro Municipal, durante a JMJ.
 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Desespero toma conta.

Aécio pede cabeça de Cardozo por não ter engavetado o propinão tucano dos trens

É muita cara-de-pau e abuso de impunidade por serem tucanos. Aécio Neves, na condição de senador e presidente do PSDB, pediu explicações do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por ele ter enviado à Polícia Federal as denúncias que recebeu sobre o recebimento de propinas pela alta cúpula tucana.

Outros tucanos foram além e cobraram até a demissão do ministro. Cardozo respondeu que indícios de crimes, sejam de tucanos ou não, precisam ser apurados. Se ele engavetasse denúncias, estaria prevaricando.

A coisa começou com o então deputado estadual por São Paulo, Simão Pedro (PT-SP), recebendo denúncias e documentos dos escândalos sobre o propinão tucano nos trens, desde o escândalo da Alstom.

O deputado tentou várias vezes abrir CPIs para investigar. O governo Geraldo Alckmin (PSDB) usou seu rolo compressor na Assembléia Legislativa para impedir a abertura da CPI da Altom, da Siemens e qualquer coisa semelhante. Engavetou as investigações.

Simão Pedro e seus colegas petistas encaminharam várias da denúncias para o Ministério Público Estadual e Federal. Os dois órgãos também não tiveram uma atuação condizente com a gravidade das denúncias. Na Suíça já há autoridades dos governos tucanos condenados por lavagem de dinheiro e aqui a coisa mal está começando. O Procurador da República De Grandis está sendo até investigado pelo próprio Ministério Público, pois teve investigações em suas mãos que ficaram engavetadas.

O que os tucanos queriam? Que a Polícia Federal também engavetasse as denúncias?

Propinão tucano!!

Propinão tucano: Denúncia entregue à PF aponta propina em contratos em vigor do Metrô de SP



O documento produzido pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer e entregue à Polícia Federal em junho afirma que houve formação de cartel em mais quatro contratos firmados pela empresa com o governo de São Paulo. Em maio, a multinacional alemã já tinha apontado ilegalidades em outros cinco na autodenúncia feita ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Os quatro contratos, para reforma dos trens das Linhas 1 e 3 do Metrô, ainda estão vigentes.
A Polícia Federal e o Ministério Público apuram se o cartel, que segundo a Siemens durou de 1998 a 2008, atuou para além do que alega a própria empresa.

Rheinheimer é um dos seis executivos da multinacional que assinaram o acordo de leniência com o Cade. Ele trabalhou por 22 anos na empresa alemã, que deixou em 2007, quando ocupava o cargo de diretor da divisão de transportes.

Os contratos citados por ele no relatório hoje anexado a um inquérito da Polícia Federal somam R$ 2,2 bilhões em valores corrigidos. Eles foram celebrados em 2008 e 2009, durante o governo José Serra (PSDB), e têm duração de 68 meses.

Além da Siemens, as empresas Alstom, Iesa, Bombardier, Tejofran, Temoinsa, T'Trans e MPE foram contratadas para reformar 98 trens das linhas 1 e 3 do Metrô. Eram quatro consórcios, e cada um ficou com um lote - houve uma única proposta por lote.

Rheinheimer escreveu ter sido informado sobre a presença do cartel nesses contratos por Ronaldo Moriyama, ex-sócio da MGE Transportes, empresa suspeita de ser uma das rotas da propina paga pela Siemens. Segundo investigadores, a multinacional subcontratava a MGE, que sacava a propina em dinheiro em valores sempre abaixo de R$ 10 mil.

E ainda dizem que não é político.

Com novo juiz, Barbosa escancara viés político do julgamento da AP 470


O deputado tucano  Raimundo Ribeiro e seu filho, o juiz, Bruno Ribeiro

Barbosa escolhe filho de dirigente tucano, que também é braço direito do ex-governador do DF, José Roberto Arruda, para 'cuidar' dos petistas

O ministro Joaquim Barbosa continua tomando decisões com forte viés político no julgamento da Ação Penal 470, o chamado caso mensalão. Neste fim de semana, Barbosa retirou a execução penal dos sentenciados das mãos do juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Ademar Vasconcelos, e nomeou o substituto Bruno André Silva Ribeiro.A motivação óbvia: aplicar rigor máximo na execução das penas a José Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares.Imagine se Genoino fosse do PSDB e o juiz, filho de um deputado do PT. O parentesco seria motivo de debates, denúncias e achaques nas colunas políticas de jornais, revistas e noticiosos do rádio e TV. Imaginem o que diriam Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor e tantos outros "grandes" da mídia tradicional.

Nova concepção e novos desafios para o PT nacional.

Os desafios do PT numa nova concepção de frente

Por Tarso Genro (*) - No momento que o PT discute o seu futuro e de certa forma os demais partidos do campo da esquerda discutem-no também – tanto em relação ao processo eleitoral do ano próximo, como em relação às estratégias para o próximo período – quero sugerir que o meu partido faça o seu debate de uma forma não tradicional. Não agende o seu discurso a partir de temas relacionados exclusivamente às divergências internas que nos preocupam, mas também – e principalmente – a partir da composição de um bloco de forças econômicas e políticas que podem apoiar uma nova fase do processo da “revolução
democrática”, em curso no país: os trabalhadores, os setores médios democráticos, os assalariados em geral, a juventude progressista, os homens e mulheres trabalhadores do campo e os setores empresariais, para os quais o aumento de renda dos mais pobres e as encomendas e investimentos do Estado significam incremento na sua atividade comercial a industrial.
Qualifico como “revolução democrática” o processo concreto em que -independentemente da nossa vontade ou vocação política – não está em jogo a propriedade dos meios de produção, mas o seu desenvolvimento para maximizar renda e emprego. Não está em jogo a destruição do Estado, mas a sua reforma democrática no sentido de combinar democracia direta com a representação política, para a funcionalidade da representação da Constituição de 88; não está em jogo qualquer “expropriação” de meios de comunicação, mas a sua democratização e utilidade social; não está em jogo a possibilidade de “golpes” de força contra a Constituição de 88, mas a sua degradação progressiva, pela captura das instâncias da política pela força normativa do capital financeiro, que degrada aquela esfera e a utilidade dos partidos.
Sustento, portanto: o que está em jogo no país é a hegemonia sobre o projeto democrático moderno, cujo reflexo na estrutura de classes da sociedade e no comportamento dos agentes políticos – dentro do Estado e fora dele – é que vai determinar o fundamentos do nosso futuro: o futuro próximo, que refere aos níveis de coesão social e de igualdades -desigualdades, sociais e regionais; e o futuro mais remoto, que refere ao tipo de sociedade pós–capitalista e pós-socialismo real, que iremos construir.
Não está em jogo, finalmente, uma ruptura forçada do sistema político, mas a possibilidade da sua reforma, cuja negação, aliás, pode nos levar a uma situação-limite, com a convocação de uma nova Assembleia Nacional Constituinte. Esta questão da reforma política é, assim, tanto uma questão de “forma” (reforma feita com maior ou menor participação popular), como de “conteúdo” (reforma que será esvaziada no sistema atual dominado pelas forças conservadoras). É para estes desafios que precisamos nos preparar, em conjunto com as demais forças de esquerda e progressistas do país, que estão “espalhadas” de maneira não uniforme em diversos partidos políticos.
É o desafio que nos impele a retomarmos a condição de “partido de movimento” e “de governo”, localizando as alianças – tanto no Estado como na sociedade civil – a partir das demandas que já estão nas ruas e que os governantes locais e regionais não tem meios para solucioná-las de maneira adequada. As demandas mais sentidas dos trabalhadores e da juventude são as vinculadas principalmente ao transporte coletivo nas grandes regiões metropolitanas, à saúde, à educação pública de qualidade e às tarefas da reforma agrária, através de um programa para zerar os acampamentos dos “sem terra” e desenvolver uma política audaz de qualificação da produção e da distribuição da agricultura familiar-cooperada, em todo o país.
Os dez anos dos governos Lula e Dilma estão promovendo um ascenso de massas a um consumo digno que não tem paralelo na história do país. Milhões de crianças deixaram de morrer de fome, milhões de trabalhadores passaram a viver melhor, milhões de agricultores melhoraram muito a sua vida, milhões de famílias pobres passaram a ter filhos na universidade e passaram a ter moradias minimamente dignas. Estes fatos históricos, na verdade, só não comovem a alta classe média de direita e a pequena burguesia radicalizada no economicismo.
São dois grupos sociais que não levam em consideração – nas suas estratégias anti-Lula e anti-PT – o que é uma família não ter condições de dar alimento para a suas crianças, pela manhã, e sabê-las dormindo com fome, depois, nas longas noites da miséria. Este “concreto” de “muitas determinações” na esfera da política, é que lhes isola nas lutas de “categoriais”, sem qualquer vínculo com o povo real: tanto o tucanato da classe média alta, como as lideranças esquerdistas, por motivos diferentes, ficarão com escassa influência no próximo período de luta eleitoral, se não apresentarem alternativas concretas e reais para responder ainda mais profundamente a estas necessidades do cotidiano.
Mas a questão, para nós, é outra. É que estes avanços não bastam. E, mais ainda – como diria Drummond – “meu nome é tumulto e escreve-se na pedra”: se não avançarmos haverá retrocesso nestas políticas minimamente decentes de distribuição de renda e qualidade de vida. Aquilo que Lula chama de “elites” – e com isso sempre irrita a direita mais conservadora – já está à espreita para buscar novas alternativas, que sensibilizem a sociedade com apoio da “grande mídia”. Ela faz este trabalho, em nome de uma “moralidade”, especialmente seletiva para proteger os seus aliados, combinada com a defesa da “contenção das despesas públicas” e com a propaganda da “desconfiança” dos agentes econômicos na economia, numa verdadeira cruzada pelo retrocesso.
Penso que, atualmente, a matriz material de todas as disputas de importância no cenário nacional, é a mesma do cenário global: como refinanciar o Estado, para dar curso ao poder “de fato”, que o sistema financeiro global exerce sobre todas as instituições do Estado (de parte dos controladores do capital financeiro); e, de outro lado, como refinanciar o Estado para fazê-lo mais Estado Público e menos Estado Administrador da dívida pública (de parte da esquerda que aceita governar dentro da democracia). Este conflito tem muitas peculiaridades, determinações locais e nacionais, mas é da sua resolução que as forças políticas em conflito sairão, mais ou menos fortes, para os embates do próximo ciclo democrático.
Compor um programa, para a próximo período, para fazer este refinanciamento, que tenha, ao mesmo tempo, apelo político de massas e capacidade de implementação com fortes laços na esquerda política do país -chamando para a Coalizão o centro progressista e democrático- é a grande tarefa que deve refletir no processo eleitoral de 2014. Um novo CPMF para a Saúde e o Transporte, um Imposto sobre as grandes fortunas, fortes políticas de subsídio à inovação e às novas tecnologias, um amplo Sistema de Participação Cidadã, na produção de políticas públicas, são alguns dos itens que a esquerda democrática deveria oferecer à candidata que pode nos unir a uma ampla maioria popular, para governar por mais quatro anos com autenticidade e estabilidade.
(*) Governador do Rio Grande do Sul
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Dia Internacional Contra a Discriminação Racial!

Hoje Dia Internacional contra a Discriminação Racial.  Num momento em que vivemos ataques raciais diários em nosso país e em todo mundo...