terça-feira, 29 de março de 2011

A verdadeira face do Racismo e da Homofobía.

Declarações racistas de Jair Bolsonaro revoltam internautas

Rio - O deputado federal Jair Bolsonaro (PP) participou do programa CQC na noite desta segunda-feira e suas declarações supostamente racistas e homofóbicas estão sendo amplamente comentadas no Twitter. Ele foi convidado do quadro "O povo quer saber", no qual personalidades respondem perguntas de populares, no entanto a resposta mais polêmica partiu de uma pergunta da cantora Preta Gil. O nome do político é o termo mais comentado do microblog em todo o país.

Jair Bolsonaro deu declarações polêmicas em participação no programa CQC | Foto: Reprodução

Após utilizar seus clichês conservadores e defender o regime militar, Bolsonaro foi questionado por Preta Gil sobre o que ele faria caso seu filho se apaixonasse por uma negra. Ao que ele respondeu: "Preta, eu não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro este risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambientes, como lamentavelmente é o teu".

A filha do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil comentou em seu perfil no Twitter que acionou seu advogado e pretende processar o político. "Irei até o fim contra esse deputado racista, homofóbico, nojento, conto com o apoio de vocês", escreveu.

O deputado estadual, Flávio Bolsonaro, filho de Jair, defendeu o pai também através do microblog. "Estou esclarecendo que o Bolsonaro entendeu errado a pergunta, difícil entender? Jair Bolsonaro não é racista nem homofóbico, é apenas contrário às
cotas raciais e à apologia ao homossexualismo", afirmou.

Ações contra Bolsonaro na Câmara

Os deputados
federais Brizola Neto (PDT) e Jean Wyllys (PSOL) prometeram através de seus perfis no Twitter ações contra Bolsonaro na Câmara Federal. De acordo com Brizola Neto, "Bolsonaro, como deputado, não está acima das leis. E, graças a Deus, uma das leis é a que faz do racismo um crime inafiançável".

Fonte: WWW.odia.com.br

A câmara de deputados, já deveria ter feito alguma coisa com esse “representante” do povo brasileiro. Não podemos esquecer que ele protagonizou uma verdadeira “serie” mentirosa e difamatória contra a Presidente Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luis Ignácio Lula da Silva, destilando todo seu veneno e um alto potencial racista e preconceituoso. Hoje volta as páginas dos jornais protagonizando mais uma vez, cenas em que o povo brasileiro não aceita e não quer mais.

Senhor Deputado, o Brasil mudou, não é mais aquele em que o Senhor e o regime ditatorial (que o senhor até hoje elogia), está acostumado a reverenciar, o Brasil de hoje é o país controlado por aqueles que o Senhor e seu bando mandavam prender, torturar, e dar sumiço. O Brasil é um país democrático, livre, de pessoas de bem, não tem mais lugar para esse tipo de comportamento racista e homofóbico.

Cabe ao congresso nacional não somente uma vêrificação, para Saber se ele está ou não acima das leis, cabe ao congresso nacional enquadrá-lo, mostrar-lhe o que é decoro parlamentar e punir, se possível até com a cassação de seu mandato.

domingo, 27 de março de 2011

Adeus ficha limpa

Supremo derruba validade da ficha limpa nas eleições de 2010. Voto do ministro Luiz Fux definiu posição do STF sobre o tema. Lei que barra candidatos condenados só valerá em eleições de 2012. Ministros do STF durante a votação de recurso contra Lei da Ficha.

Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (23) que a Lei da Ficha Limpa não deveria ter sido aplicada às eleições do ano passado. A norma, que barra a candidatura de políticos condenados por decisões de colegiados, entrou em vigor em junho de 2010, e, com a decisão, tem seus efeitos adiados para as eleições de 2012.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que nesta quarta-feira (23) derrubou a validade da Lei da Ficha Limpa nas eleições do ano passado, não encerra o debate sobre a aplicação da norma.

Mesmo podendo ser aplicada nas eleições de 2012, a ficha limpa ainda poderá ter dispositivos questionados.

A norma prevê 14 critérios de inelegibilidade que podem vir a ser atacados no STF pelos candidatos que serão eventualmente barrados nas eleições municipais de 2012.

Segundo o ministro Luiz Fux, a norma pode ser alvo de futuros questionamentos. “Nas outras [próximas] eleições, no meu entender, vale a ficha limpa. A gente não pode imaginar se vem alguma indagação, mas pode ser”, disse o ministro.

Nos processos que contestaram a ficha limpa, em 2010, foi atacado, por exemplo, o fato de a lei considerar condenações anteriores à sua vigência.

Com o julgamento desta quarta, os ministros estão autorizados a julgar individualmente – com base na decisão do STF – os recursos contra a ficha limpa que já tramitam na Justiça. Ainda há dúvidas sobre os efeitos da decisão para políticos barrados que não recorreram ou que os prazos para recursos já terminaram.

Há a possibilidade de ser feito um pedido para sustar a decisão tomada quando a ficha limpa ainda valia para 2010, mas ainda há divergências no meio jurídico sobre essa questão.

“Se o político participou das eleições, e o processo transitou em julgado, ele pode entrar com uma rescisória para impugnar a decisão. Mas se ele não participou das eleições, é aquela máxima do direito: o direito não socorre aos que dormem”, afirmou o ministro Marco Aurélio Mello.

Mesmo diante de indefinições, é possível afirmar que a derrubada da validade da lei em 2010 vai mexer na atual composição do Congresso Nacional.

Na prática, a decisão beneficiará políticos com processos semelhantes, como o ex-deputado Jader Barbalho (PMDB-AP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), por exemplo, que concorreram nas últimas eleições e, embora barrados pela Lei da Ficha Limpa, obtiveram votos suficientes para se eleger ao Senado por seus estados.

Justiça
Nas duas vezes em que o plenário da Corte analisou processos contra a ficha limpa, em 2010, houve empate, em 5 votos a 5. O motivo dos julgamentos inconclusivos foi a ausência de um integrante da Corte, depois da aposentadoria do ministro Eros Grau, em agosto de 2010.

Com a posse do ministro Luiz Fux, no início do março, houve grande expectativa em relação ao seu voto, que decidiu o resultado do julgamento. Questionado sobre como sentia em relação à responsabilidade de definir a posição da Corte, ele afirmou que o resultado foi justo.

“Eu acho que se fez justiça. A Lei da Ficha Limpa está valendo, mas por melhor que seja o direito, ele não pode valer contra a Constituição.Eu sempre julguei com muita consciência com muita serenidade, muita técnica, muita sensibilidade. Espero ter conseguido isso”, declarou Fuxz, que disse ter acordado às 3h desta quarta para terminar a elaboração do voto.

www.g1.com

O interessante nisso tudo é o fato intrigante do ministro, colocar em sua fala alguns pontos em que os candidatos “ficha suja” podem questionar a lei. Será que os ministros são contra os interesses do povo? Pois, a lei do “ficha limpa” é um projeto popular...o que você acha disso?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Revolução industrial.

O sistema capitalista, enquanto forma específica de se ordenar as relações no campo sócio-econômico, ganhou suas feições mais claras quando – durante o século XVI – as práticas mercantis se fixaram no mundo europeu. Dotadas de colônias espalhadas pelo mundo, principalmente em solo americano, essas nações acumulavam riquezas com a prática do comércio.

Na especificidade de seu contexto, observaremos que a história britânica contou com uma série de experiências que fez dela o primeiro dos países a transformar as feições do capitalismo mercantilista. Entre tais transformações históricas podemos destacar o vanguardismo de suas políticas liberais, o incentivo ao desenvolvimento da economia burguesa e um conjunto de inovações tecnológicas que colocaram a Inglaterra à frente do processo hoje conhecido como Revolução Industrial.

Com a Revolução Industrial, a qualidade das relações de trabalho no ambiente manufatureiro se transformou sensivelmente. Antes, os artesãos se agrupavam no ambiente da corporação de oficio para produzirem os produtos manufaturados. Todos os artesãos dominavam integralmente as etapas do processo de produção de um determinado produto. Dessa forma, o trabalhador era ciente do valor, do tempo gasto e da habilidade requerida na fabricação de certo produto. Ou seja, ele sabia qual o valor do bem por ele produzido.

As inovações tecnológicas oferecidas, principalmente a partir do século XVIII, proporcionaram maior velocidade ao processo de transformações da matéria-prima. Novas máquinas automatizadas, geralmente movidas pela tecnologia do motor a vapor, foram responsáveis por esse tipo de melhoria. No entanto, além de acelerar processos e reduzir custos, as máquinas também transformaram as relações de trabalho no meio fabril. Os trabalhadores passaram por um processo de especialização de sua mão-de-obra, assim só tinham responsabilidade e domínio sob uma única parte do processo industrial.

Dessa maneira, o trabalhador não tinha mais ciência do valor da riqueza por ele produzida. Ele passou a receber um salário pelo qual era pago para exercer uma determinada função que, nem sempre, correspondia ao valor daquilo que ele era capaz de produzir. Esse tipo de mudança também só foi possível porque a própria formação de uma classe burguesa – munida de um grande acúmulo de capitais – começou a controlar os meios de produção da economia.

O acesso às matérias primas, a compra de maquinário e a disponibilidade de terras representavam algumas modalidades desse controle da burguesia industrial sob os meios de produção. Essas condições favoráveis à burguesia também provocou a deflagração de contradições entre eles e os trabalhadores. As más condições de trabalho, os baixos salários e carência de outros recursos incentivaram o aparecimento das primeiras greves e revoltas operárias que, mais tarde, deram origem aos movimentos sindicais.

Com o passar do tempo, as formas de atuação do capitalismo industrial ganhou outras feições. Na segunda metade do século XIX, a eletricidade, o transporte ferroviário, o telégrafo e o motor a combustão deram início à chamada Segunda Revolução Industrial. A partir daí, os avanços capitalistas ampliaram significativamente o seu raio de ação. Nesse mesmo período, nações asiáticas e africanas se inseriram nesse processo com a deflagração do imperialismo (ou neocolonialismo), capitaneado pelas maiores nações industriais da época.

Durante o século XX, outras novidades trouxeram diferentes aspectos ao capitalismo. O industriário Henry Ford e o engenheiro Frederick Winslow Taylor incentivaram a criação de métodos onde o tempo gasto e a eficiência do processo produtivo fossem cada vez mais aperfeiçoados. Nos últimos anos, alguns estudiosos afirmam que vivemos a Terceira Revolução Industrial. Nela, a rápida integração dos mercados, a informática, a microeletrônica e a tecnologia nuclear seriam suas principais conquistas.

A Revolução Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza. Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida quotidiana.
Fonte: WWW.brasilescola.com

terça-feira, 22 de março de 2011

A verdadeira mídia independente.

*Nome verdadeiro: Clovis.

*Nome artístico: Clóvis Batebola.

*Cidade de origem: São Gonçalo – RJ (Papa Goiaba de carteirinha)

*Cidade que representa: São Pedro da Aldeia/RJ.

*Data de nascimento: 25/02/1980.

*Atividades: Designer Gráfico/MotionDesigner/Game Developer, militante do Partido dos Trabalhadores de São Pedro da Aldeia e do Movimento Negro/SPA.

*Site ou blog: BLOCODOCLOVIS.BLOGSPOT.COM/ ATELIERDOPIXEL.BLOGSPOST.COM/
UDKBRASIL.BLOGSPOT.COM

*Email: clovisbatebola@hotmail.com

-Vejamos a entrevista feita por Rodrigo Poeta com Clóvis Batebola:

1-Como nasceu o Batebola?

*BATABOLA: O Clovis Batebola nasceu da busca por uma identidade que me representasse e marcasse a minha posição na luta de classes. Uns usam valores de bons moços, grandes empreendedores ou líderes de renome (mesmo sabendo que a fama não vai além da Via Lagos). Preferi voltar as minhas raízes familiares e assumir a minha identidade como carioca, utilizando isso como valores e representação no meio social e político. Não é por coincidência que nasci nos dias de Carnaval, meu nome é ligado a personagens típicos do carnaval de rua, meu pai e meu avô também se chamavam Clovis. Durante minha infância e adolescência eu tive vergonha de meu nome por causa das zoações inevitáveis com Clovis Bornai, Clodovil, etc. Mas, com o tempo fui descobrindo a beleza de nossa sociedade e hoje agradeço muito aos meus pais pelo nome.

2-Qual sua visão sobre a cultura regional?

*BATEBOLA: A cultura Regional ela é rica, única e capaz de gerar grande impacto dentro das sociedades circunvizinhas. É recheada de especificidades que fazem essa colcha de retalhos se chamar Brasil. Nosso interior é tão rico em cultura que basta uma pequena volta para percebermos as diferentes formas do qual elas se manifestam, desde o trato de diferentes sociedades até suas manifestações culturais em festividades anuais. Desde o quilombola de São Mateus até o ator na praia, todos carregados de valores únicos e que devem ser super valorizados sempre. É verdadeiramente um CAOS ver prefeitos e secretários batendo cabeça com dinheiro público e não perceberem que o retorno político pode ser maior se valorizarem o artista local e seu público. Várias cidades fazem assim, quer seja na venda de sua imagem na imprensa ou nas festividades anuais. Muito triste saber que algumas práticas culturais estão desaparecendo na Região, como a Folia de Reis em Búzios. Segundo informou o Blog do Curinga de Búzios, a prática está praticamente extinta na cidade há 30 anos. Será que essa extinção tem alguma referência com a especulação imobiliária no balneário? Por que nenhum prefeito despertou interesse em revitalizar essa prática? Esses dias fui falar sobre igualdade racial em um debate escolar e me surpreendi ao ver que nenhum aluno sabia realmente o que era um Quilombo e muito menos qual a importância de seu reconhecimento. Há uma expectativa muito grande quanto à novela Cidade Jardim com relação à valorização da cultura local, o reconhecimento da periferia, a abertura de espaço para o negro no elenco (não como figurante, empregada doméstica ou porteiro) e minorias. Coisa que não é feita nas novelas das TVs abertas comandadas por publicitários.

3-Qual sua visão em relação à mídia?

*BATEBOLA: A mídia, como meio de embate e representação social, é extremamente eficaz e representa interesses que fogem ao longe o simples e romântico dever informativo. Principalmente quanto a sua participação nas sociedades interioranas. A mídia como veículo de comunicação isento de parcialidade não existe. Ela é eficaz dentro dos interesses comerciais de seus donos. Dentro de um contexto político e econômico em que as massas se encontram em apatia para com os movimentos sociais (atualmente criminalizados), partidos em geral (tanto que o PFL virou DEMOcratas para não levar consigo os valores de corrupção como se não fossem corruptos) e a militância de esquerda, a mídia serve aos interesses do capital e das elites. Haja visto o trato criminalizado que a mídia tem dado às centrais sindicais e aos movimentos de massa, como o MST e os movimentos de resgate da cultura negra. A mesma mídia nacional que louva as ações das massas revoltosas contra as ditaduras árabes (porque interessa aos americanos a queda desses regimes autoritários) faz cara de nojo quanto às ações dos trabalhadores rurais sem terra contra coronéis e latifúndio. Mais parcial e incoerente com o ponto de vista da justiça e democracia impossível. Na Região dos Lagos não fica diferente. Não é de hoje que as cidades são visitadas por forasteiros que criam jornais para bater nos governos no intuito de sangrar portarias e cavar anúncios.

Ou seja, a informação é mercadoria de negócio. Se fosse só objeto de debate político ou de disputa eleitoral, já seria um grande avanço. Pois saberíamos de que lado estão e quem defende. Mas, são meros abutres, loucos por descobrir escândalos na saúde, na educação ou seja lá onde for para vender denúncias aos prefeitos. A maioria dos jornais da Região são sustentados por prefeituras. O empresariado, em sua maioria, é fútil e emburrecido ao ponto de não crer na publicidade de seus estabelecimentos. Ou seja, não crêem nem na publicidade de seus próprios produtos ou serviços como forma de ampliar os lucros. A mídia na Região, com raríssimas exceções, são simples mercadores de notícias.

4-Qual sua análise em relação às entidades acadêmicas e culturais como ARTPOP e Tribal, das quais você recebeu convite para fazer parte?

*BATEBOLA: Primeiramente, quero deixar bem claro que, na atual conjuntura política, não acredito nos poderes executivos da Região dos Lagos como agentes capazes de gerir e perpetuar a cultura. Haja visto o desastre que tem sido o turismo nessas cidades. Eu acredito plenamente nos movimentos sociais como forma do povo se organizar e lutar pelos seus direitos. Das entidades citadas eu só fui convidado a integrar a ARTPOP pelo meu amigo Carlos Alberto. Da Tribal eu recebi convite para visitar. Confesso que não tenho participado e nem visitado por falta de horário disponível e por estar comprometido em outros projetos que me tomam muito tempo. Creio que entidades acadêmicas como ARTPOP e TRIBAL formam um princípio do qual a sociedade deve buscar como norte para a formação e defesa de suas raízes. Não creio que uma simples intervenção pública vá proteger e resgatar os laços culturais que nos fazem reconhecidos como um povo. Quem entende de artista é artista, políticos atualmente entendem de votos. Essa é a realidade triste que tem de ser encarada com maturidade pelos artistas da nossa Região. Somente entidades como a ArtePOP e a TRIBAL serão capazes de proteger a nossa glória cultural na Região dos Lagos. São artistas defendendo artistas e louvando a arte. Esse é o principio que deve ser seguido e perpetuado independente de quem está no poder. Essas entidades estão para a cultura como a militância de esquerda está para a política.

5-Vivemos em terra de coronéis? Explique.

Enquanto houver latifúndio haverá coronéis. Enquanto não houver Reforma Agrária haverá senhores feudais que manipulam e regem a sociedade com mãos fortes. Os interesses desses senhores é unicamente proteger e fazer crescer os seus bens. Terra no Brasil é sinônimo de poupança para o mercado de especulação imobiliária. Em vários países a burguesia entendeu que concentrar terras é ruim para seus negócios. O Brasil foi um dos únicos países onde não houve Reforma Agrária. Nem o Lula teve forças nessa coalizão para fazer a reforma agrária com uma só canetada e talvez, pela fragilização e dispersão da esquerda, nem Dilma terá. A Elite da Região dos Lagos foi construída vendendo terras em paraísos escondidos, como Búzios e Arraial do Cabo. Esses coronéis, pelo poderio financeiro (em alguns casos militar), possuem tentáculos em várias esferas. Possuem capatazes em escolas de grande potencial eleitoral, universidades, associações comunitárias e veículos de imprensa. Quanto menor a formação de blocos ideológicos e maior a dispersão da militância de esquerda melhor será para perpetuar o poderio e o patriarcado desses coronéis. Atualmente não vejo outra saída senão organizar a militância no debate de propostas em torno de candidaturas que representem nossos interesses como trabalhadores.

6-Como você analisa os Pontos de Cultura da Região?

*BATEBOLA: Os pontos de cultura são ações iniciadas pelo Governo Lula e perpetuadas pela Presidente Dilma responsáveis por proteger e difundir a cultura no Brasil. É um antigo sonho de Gilberto Gil que será ampliado no Governo Dilma. Na Região, assim como em vários municípios no Brasil, os pontos formam frentes de valorização da cultura e de suas especificidades. Vejo-os como ferramentas fundamentais para proteger e perpetuar a nossa cultura sem as velhas rédeas dos coronéis e dos revolucionários de portarias que impera nas prefeituras e nas secretarias aristocráticas. Acho que a Região merece mais pontos de cultura e mais verbas para ampliar os que já existem.

7-Todos possuem uma máscara? Explique.

*BATEBOLA: Os pontos de cultura não foram escolhidos a toa nem de maneira aleatória. É feito um edital e os projetos enviados pelos candidatos passam por grandes peneiras. Se eles foram escolhidos é porque são reconhecidos como agentes ativos dentro de suas sociedades. Há uma série de metas que devem ser cumpridas e a fiscalização é rigorosa. A maioria desses pontos de cultura, como o Tribal e Apanhei-te Cavaquinho, já funcionava muito antes do Governo Lula. Tem gente aí louvando a cultura na Região dos Lagos ha décadas e dificilmente pode-se dizer o contrário.

8-Carnaval é a sua bola? Explique.

*BATEBOLA: Não não. Srsrsr. Quem me dera fosse um Rafael Peçanha e pudesse falar do carnaval com propriedade. Eu amo o carnaval e sua representação na nossa sociedade. É uma festa que nos faz, como cariocas, únicos no Brasil e no mundo. O nosso carnaval é diferente dos demais carnavais em outros Estados porque carrega também em si belíssimos valores sociais e culturais. Mas, não sou crítico de carnaval e muito menos entendedor do assunto. Gosto da imagem social do qual ele representa nas diferentes áreas do Rio de Janeiro, desde a passarela da Sapucaí até a periferia da zona oeste com os blocos e as saídas clássicas dos Bate-bolas. Mas, a minha área é a militância e o ativismo.

9-Deixe uma mensagem para posterioridade.

*BATEBOLA: Primeiramente, quero agradecer o espaço que me foi dado pelo seu Blog. Incentivo a todos que estão lendo essa entrevista a criar um blog e fazer parte dessa rede de informação que está se formando na Região dos Lagos. Nos Blogs você tem voz garantida e seu espaço respeitado. Como a mídia convencional está comprometida financeiramente com quem tem dinheiro, seu conteúdo será sempre pautado por interesses de quem paga mais. Hoje os blogues estão pautando a imprensa local em várias questões, como a política, por exemplo. Crie um blog e faça parte de alguma rede social. Divulgue seu material no Twitter, no Facebook e Orkut. Temos uma comunidade no Facebook com quase 900 pessoas chamada Blogão dos Lagos, venha fazer parte. Quanto mais pessoas tendo espaço para divulgar suas opiniões melhor para o enriquecimento de idéias e propostas. Parabéns Rodrigo Poeta pela iniciativa e espero que mais pessoas tenham oportunidades como essa, não só em seu blog como também em tantos outros tidos como Campeões de visitas. Existem várias pessoas de enorme riqueza intelectual e cultural capazes de transcender a realidade caótica da Região dos Lagos e gerar grandes debates como o professor Serjão, o Engenheiro Luciano, professor Marcos Salaibe, Fábio Emecê, o Curinga de Búzios, Ricardo Cox, Facury, professor Luis do PT, Professor Chicão, Totonho, Jânio Mendes, Rafael Peçanha, entre outros. Quanto maior o debate de idéias, maior a possibilidade de evitar tragédias eleitorais.


Essas ações que darão vizibilidade a um conjunto de pessoas que pensem de forma diferente aos que estão nos poderes. Esse tipo de atitude do corajoso Rodrigo Poeta na foto ao lado de Milton Gonçalves, que farão que nossas ideias e posições fiquem conhecidas, ganhando notoriedade napopulação, e fazendo um debate diferente desses de corredores das prefeituras. Parabéns ao www.poesiarte.blogspot.com pela entrevista. Esse espaço também está aberto para você que deseja se colocar e não tem mídia a seu favor.

Momento do sentimento.

Das Cinzas

E foi assim que a fantasia
se acabou nas ruas, nos becos,
na avenida...

Tu, que pierrô foste,
imaginavas perder-te na embriaguez
da quarta-feira de cinzas...
Sonhaste com uma alegria
que jamais findaria.
Então, rompeste a avenida,
dançaste, sem colombina.
A ti, só te bastavam
confetes e serpentina.
Não tiveste o beijo nem o abraço
e, no compasso de um samba
sem rima, flutuaste num espaço
de suor, cerveja e prazer.

No fim, juntaste as tuas cinzas...

(Bernardete Ribeiro da Silva - àqueles que rompem limites no carnaval - Rio, 04/03/11)

segunda-feira, 21 de março de 2011

O povo não aguenta mais o descaso.

A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi notificada nesta segunda-feira (21), por meio do "Diário Oficial da União", a apresentar defesa em 5 dias úteis à Câmara, no processo que investiga o recebimento de maço de dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

A intimação saiu na publicação porque a parlamentar não foi encontrada por três vezes pela Corregedoria da Câmara.

Jaqueline Roriz foi flagrada em vídeo, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo um pacote de dinheiro. Ela alega que os recursos teriam custeado a campanha para deputada distrital, em 2006, e não teriam sido registrados na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral.

Na primeira reunião do ano, o Conselho de Ética da Câmara recebeu no dia 16 de março representação para investigar a possível quebra de decoro parlamentar praticada por Roriz. O presidente do órgão, José Carlos Araújo (PDT-BA), deve escolher nesta semana o relator do caso. A partir de então, o Conselho terá 90 dias para analisar o processo.

A pena máxima prevista é a perda do mandato. Jaqueline também pode receber apenas uma advertência, afastamento temporário das funções ou ainda sofrer censura pública ou censura escrita.

Com a abertura do processo no Conselho, Roriz poderá até renunciar ao mandato, mas não escapará de ser investigada pelos deputados.

A representação que pede a cassação da deputada do Distrito Federal foi apresentada pelo PSOL. “Estou aqui para trazer uma representação contra a deputada federal Jaqueline Roriz, que mereceu confiança do povo de Brasília para exercer esse honroso mandato, mas que não ofereceu ao povo a oportunidade de saber o que ela negou com veemência, de uma suposta participação no esquema de corrupção de Brasília”, afirmou o líder do PSOL na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ).

Alegando problemas de pressão, Jaqueline se licenciou na última segunda-feira das atividades da Câmara por cinco dias.

Até quando veremos esses casos em que as provas são contundentes, até palpáveis e a justiça fazendo um esforço descomunal para ajudar seus “amiguinhos”¿ Com prova incontestes como essas o mínimo e não o máximo que deveria acontecer com a parlamentar em questão, seria a perda do mandato.

A devolução do dinheiro desviado no crime da campanha eleitoral, e ainda a continuidade nas investigações, pois se existe esse crime, pode muito bem existir outros no mensalão do DEM.

sábado, 19 de março de 2011

Respeito é bom, e o povo brasileiro merece!

Com uma relação um pouco diferente da costumeira entre os dois países, a Presidente Dilma Rousseff, recebeu o Presidente dos estados Unidos da América.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, cobrou do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, uma reforma no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que inclua uma cadeira permanente para a representação brasileira.

Em discurso no Palácio do Planalto, em Brasília, neste sábado (19), Dilma disse que uma "reforma fundamental" é necessária no principal organismo das Nações Unidas.

· Temos pleiteado a ampliação do Conselho de Segurança da ONU. Aqui não nos move o interesse da ocupação burocrática da representação. O que nos mobiliza é a certeza de que um mundo multilateral produzirá benefícios para a paz e a harmonia.

Dilma afirmou, ainda, que o Brasil assumiu o compromisso de trabalhar por um ambiente de paz na América do Sul e que isso reforça a necessidade de representação no organismo mais importante das Nações Unidas.

· O Brasil está empenhado na consolidação de um entorno de paz e segurança. Nesse ambiente é que devem frutificar as relações entre Brasil e Estados Unidos. Temos orgulho de viver em paz com nossos vizinhos há mais de um século.

A cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU é a maior aspiração da diplomacia brasileira nos últimos anos. O órgão toma as mais importantes decisões sobre conflitos e diplomacia no mundo - o exemplo mais recente é a aprovação de uma intervenção militar contra as forças de Muammar Gaddafi, na Líbia.

Atualmente, os membros permanentes, com poder de veto, são EUA, França, Rússia, China e Reino Unido. O Brasil possui um assento rotativo, com duração de dois anos. Isso significa que o país pode votar e se manifestar diante das decisões do organismo, mas que não tem poder de veto.

Na votação sobre a Líbia, o Brasil decidiu se abster - ao lado de Rússia, China, Índia e Alemanha - em vez de apoiar a medida, defendida por americanos, franceses e britânicos.

Com um país livre, podemos receber o Presidente Barack Obama, pois a relação que hoje se tem com os EUA, é de igual para igual, fato que não acontecia nos governos que antecederam ao do Presidente Luis Ignácio Lula da Silva. Hoje temos independência, somos sim um país livre, temos consciência que ainda está faltando muitas ações governamentais para distribuição de renda, inclusão dos menos favorecidos, ainda faltam as reformas política, tributária e outras iniciativas, mais o presidente norte americano, não vem aqui para dizer que temos de assinar a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), onde só os EUA, seriam grandemente beneficiados.

Parabéns a Presidente Dilma Rousseff, pela recepção e pelos pontos no cenário internacional. E você, o que acha dessa visita, em que ela pode ser benéfica para o Brasil? Dê sua opinião, ela é importante para o processo democratico do Brasil.

fonte: www.r7.com

Dia Internacional Contra a Discriminação Racial!

Hoje Dia Internacional contra a Discriminação Racial.  Num momento em que vivemos ataques raciais diários em nosso país e em todo mundo...