Papa pede 'reforma ética' e propõe a descentralização da Igreja
Francisco divulgou projeto que pode ser a maior reforma no Vaticano nos últimos 50 anos
Em um trecho do documento, o Papa também lançou críticas aos padres e sacerdotes que se "sentem superiores" e não praticam a caridade, afirmando que eles devem evitar as "tentações" do individualismo. Ele sinalou ainda para possíveis lutas da própria Igreja Católica. "Dentro do povo de Deus, quantas guerras", lamentou o Papa. "A quem queremos evangelizar com estes comportamentos?", questionou.
O próprio Francisco deu sinais de que estaria disposto a integrar a reforma, mudando tradições do papado. Segundo ele, sua principal meta é uma "conversão do papado para que seja mais fiel ao significado que Jesus Cristo lhe quis dar e às necessidades atuais da evangelização". "Nesta renovação, não se deve ter medo de rever costumes da Igreja que não são diretamente ligados ao núcleo do Evangelho, alguns dos mais profundamente enraizados ao longo da história", ressaltou.
Francisco, porém, defendeu a posição da Igreja Católica em relação ao aborto, dizendo que a proteção dos fetos está "intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano", e não faz parte de "nada ideológico, obscurantista e conservador". A exortação apostólica de Francisco é forte, potente e pragmática, com tons de espiritualidade e humanidade. Segundo especialistas, o documento deve ser visto como um tipo de manifesto do Pontificado de Jorge Mario Bergoglio. www.jb.com.br
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