Na semana
passada dia 28 de novembro de 2018, pela manhã fomos convidados pela
coordenação e o Professor Marcos Salaibe do CIEP-262 no bairro Porto do Carro
em São Pedro da Aldeia – RJ para uma palestra, voltada para as comemorações do
mês da consciência negra. Com o tema, “O Brasil é país racista?”. Abordamos os
quase quatrocentos anos de escravidão do Brasil, a resistência do povo negro
nesse período.
A legislação
pré “abolicionista”. Falamos sobre a lei áurea e sua ineficiência no sentido de
propiciar liberdade e autonomia ao povo negro. A luta do povo negro brasileiro
por liberdade e construção de garantias dos direitos que foram negados por um
longo tempo.
Abolição
da escravidão e a falsa liberdade. Conquistou-se a tão sonhada liberdade, mas,
onde estavam os direitos? Comer o que? Trabalhar onde? Moradia, qual? A vida do negro brasileiro não foi muito
fácil, como ainda não é. O trabalho que antes era escravizado passou a ter uma
relação de profissionais livres, onde essa relação em sua esmagadora maioria
não se deu com trabalhadores negros, porém, o Brasil incentivou o processo imigratório
europeu, o que não favoreceu aos “ex escravizados”.
Os
imigrantes (Nova força de trabalho) chegaram ao Brasil com direitos (antes
negados aos negros), como: terra, comida, direito a herança e uma relação de trabalho
onde respeitavam os trabalhadores como gente. Numa atividade rápida, tivemos o cuidado em despertar
nos alunos a curiosidade, o desejo sobre o tema, e assim iniciar um novo ciclo
em suas vidas de luta.
A
fisioterapeuta Karla Barreto, falou sobre a saúde da população negra e fez uma
dinâmica muito interessante chamada “jogo do privilégio”. Um momento de extrema
emoção onde os participantes perceberam que o racismo é uma das relações mais covarde
e danosa do mundo, pois faz com que pessoas realmente não consigam ter acesso a
determinados serviços ou bens, por conta de sua etnia.
No final
da atividade, os alunos fizeram algumas perguntas respondidas por nós. Foi mais
um momento enriquecedor, excitante, pois nos chegaram perguntas muito inteligentes.
Agradecer a coordenação, direção e ao
professor Marcos Salaibe pelo convite e também pela recepção que foi muito boa,
a participação dos alunos. Acredito que nosso papel é esse, o de levar
conhecimento e também incentivar a todas e todos na luta contra o racismo.
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