sexta-feira, 20 de maio de 2011

Kit Gay nas escolas. O que você acha?

Matéria que criou nova polêmica entre o Ministério da Educação, parlamentares e a população. Ganha notoriedade e também uma página a mais para o debate popular. E nós, não podíamos nos furtar em trazê-lo para esse espaço. “ O KIT GAY” (como ficou conhecido), nas escolas públicas para alunos de 7 á 10 anos de idade.

Esse debate reacende a velha discussão. Até que ponto, o estado pode interferir na vida das pessoas? o que o estado tem ou deve ensinar aos nossos filhos?

Eis a matéria da discórdia: MEC irá distribuir KIT GAY nas escolas para crianças de 7 a 10 anos. Crianças das escolas públicas de todo o Brasil receberão um DVD com cenas de homossexualismo, que será distribuído em 2011. Já existe até uma petição contra essa ação do Ministério da Educação (MEC) na internet.

Ele ainda não foi lançado oficialmente. Mas um conjunto desse material didático destinado a combater a homofobia nas escolas públicas promete longa polêmica. Um convênio firmado entre o Ministério da Educação (MEC), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e a ONG Comunicação em Sexualidade (Ecos) produziu kit de material educativo composto de vídeos, boletins e cartilhas com abordagem do universo de adolescentes homossexuais que será distribuída para 6 mil escolas da rede pública em todo o país do programa Mais Educação.

Parte
do que se pretende apresentar nas escolas foi exibida ontem em audiência na Comissão de Legislação Participativa, na Câmara. No vídeo intitulado Encontrando Bianca, um adolescente de aproximadamente 15 anos se apresenta como José Ricardo, nome dado pelo pai, que era fã de futebol. O garoto do filme, no entanto, aparece caracterizado como uma menina, como um exemplo de um travesti jovem. Em seu relato, o garoto conta que gosta de ser chamado de Bianca, pois é nome de sua atriz preferida e reclama que os professores insistem em chamá-lo de José Ricardo na hora da chamada.

O jovem travesti do filme aponta um dilema no momento de escolher o banheiro feminino em vez do masculino e simula flerte
com um colega do sexo masculino ao dizer que superou o bullying causado pelo comportamento homofóbico na escola.

Na versão feminina da peça audiovisual, o material educativo anti-homofobia mostra duas meninas namorando. O secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, afirma que o ministério teve dificuldades para decidir sobre manter ou tirar o beijo gay do filme. “Nós ficamos três meses discutindo um beijo lésbico na boca, até onde entrava a língua. Acabamos cortando o beijo”, afirmou o secretário durante a audiência.


O material produzido ainda não foi replicado pelo MEC. A licitação para produzir kit para as 6 mil escolas pode ocorrer ainda este ano, mas a previsão de as peças serem distribuídas em 2010 foi interrompida pelo calor do debate presidencial. A proposta, considerada inovadora, de levar às escolas públicas um recorte do universo homossexual jovem para iniciar dentro da rede de ensino debate sobre a homofobia esbarrou no discurso conservador dos dois principais candidatos à Presidência.

O secretário do MEC reconheceu a dificuldade de convencer as escolas a discutirem o tema e afirmou que o mate
rial é apenas complementar. “A gente já conseguiu impedir a discriminação em material didático, não conseguimos ainda que o material tivesse informações sobre o assunto. Tem um grau de tensão. Seria ilusório dizer que o MEC vai aceitar tudo. Não adianta produzir um material que é avançado para nós e a escola guardar.”

Apesar de a abordagem sobre o adolescente homossexual estar longe de ser consenso, o combate à homofobia é uma bandeira que o ministério e as secretarias estaduais de educação tentam encampar. Pesquisa realizada pelas ONGs Reprolatina e Pathfinder percorreram escolas de 11 capitais brasileiras para identificar o comportamento de alunos, professores e gestores em relação a jovens
homossexuais. Escolas de Manaus, de Porto Velho, de Goiânia, de Cuiabá, do Rio, de São Paulo, de Natal, de Curitiba, de Porto Alegre, de Belo Horizonte e de Recife receberam os pesquisadores que fizeram 1.406 entrevistas.

O estudo mostrou quadro de tristeza, depressão, baixo rendimento escolar, evasão e suicídio entre os alunos gays, da 6ª à 9ª séries, vítimas de preconceito. “A pesquisa indica que, em diferente níveis, a homofobia é uma realidade entendida como normal. A menina negra é apontada como a representação mais vulnerável, mas nenhuma menina negra apanha do pai porque é pobre e negra”, compara Carlos Laudari, diretor da Pathfinder do Brasil.

O vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, que reúne 74 deputados, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), afirmou nesta terça feira que o grupo decidiu não participar das votações da Câmara até que o governo recolha o kit contra homofobia do Ministério da Educação. "Não se vota nada enquanto não se recolher esse absurdo", disse o deputado no plenário e recebeu apoio de sua bancada. Para o ex governador do Rio de Janeiro, o material incentiva a homossexualidade. "Esses livros ensinam inclusive a fazer sexo anal", disse o deputado.

Porém, segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o material do MEC ainda não foi definido e os vídeos nem foram assistidos pelo Conselho de Publicação que liberará o material. “O problema do vídeo que está no youtube é que esse material está sendo produzido há mais de um ano. Teve muitas idas e vindas. O MEC recomenda alterações, modificações, e o material acaba sendo refeito a partir da perspectiva do ministério da educação. Ele só se torna oficial quando é aprovado pela comissão de publicação", disse o ministro que insinuou que a ONG que produziu o material pode ter vazado os vídeos ainda não finalizados.

E você, o que acha dessa possível ação do Ministério da Educação? é de responsabilidade dos governos a educação ou deseducação sexual de nossos filhos? dê sua opinião, é importante para o processo democrático de nosso país.

Fonte: www.revistaladoa.com.br www.ogalileo.com.br

Um comentário:

  1. Respeito a opção de cada ser humano, no entanto, sou contrário a distribuição do referido kit nas escolas. Com certeza irá influenciar as crianças.

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