terça-feira, 23 de março de 2010

E o petróleo, é ou não nosso?

150 mil enfrentam chuva em defesa do "petróleo do Rio". E milhões continuam sem saber o que fizeram com 20 anos de royalties...

Com uma estrutura somente comparável ao comicío das Diretas Já, os governos do Rio de Janeiro conseguiram colocar 150 mil pessoas, debaixo de chuva, para assistirem a muitos shows e se declararem contra o "roubolation" do petróleo do Rio.

Vale-refeição, ônibus de graça, folga no trabalho foram a forma que as prefeituras e o governo do estado encontraram para atrair seus funcionários para o showmício.

Houve também um pouco de terrorismo ideológico: espalharam que, sem o dinheiro do petróleo, escolas e hospitais fechariam, gente perderia o emprego e o mundo iria acabar antes de 2012...

Cabral estava mais feliz que pinto no lixo (bem mais que gaivota no óleo), pois encontrou seu discurso e está de bem com o povo (pelo menos com aquela parte do povo que foi lá...)

O que ninguém sabe...

É quanto custou esse show e quem pagou. Tambem, até hoje, ninguém sabe no que os municípios e estados "produtores" aplicaram 20 anos de royalties. Com certeza não foi no centro do Rio, que mais uma vez encheu com a chuva (embora a imprensa não tenha falado no assunto). É certo também que não foi com o meio ambiente ou estrutura - em Macaé, Campos, Cabo Frio e outras grandes ainda há ruas sem calçamento e nem sequer uma "guarda ambiental" foi criada.

Na verdade, nada foi feito. E corremos o risco de ver o nosso estado empobrecer um pouco por conta da irresponsabilidade e da ganância desses prefeitos e governadores... que agora se queixam.

O petróleo é nosso!

Os prefeitos fluminenses têm o direito de lutar por recursos, assim como o governador. É dever dos governantes lutar por melhores condições. Mas daí a mentirem, espalharem boatos e - pior! - dizerem que querem roubar o Rio há uma distância muito grande.

Afinal, o petróleo é nosso, de todo o brasileiro. A Constituição explica que as riquezas marinhas e no subsolo são da União (de todos). Creio que a emenda deveria ter sido negociada e a transferência de recrusos poderia ser feita de uma forma mais gradual - mas, na verdade, a Amazônia, o Pantanal, os Pampas, a Caatinga e o nosso marzão de Deus são Brasil. E ao Brasil pertencem.

Creio que o presidente Lula vai saber negociar e a situação chegará a um meio-termo aceitável. Mas que esses prefeitos e o governador "sem noção" mereciam uma redução em suas mordomias e seus altos salários - isso mereciam! Quem sabe assim cidades como Cabo Frio não gastariam 20 milhões a mais com lixo do que gastam com educação? e o prefeito do Rio não gastaria 30 mil reais cada vez que voa até São Paulo.
Essa matéria eu li no blog do Professor Marcos Salaibe e achei muito interessante. O que você acha, os royaties devem sofrer essa alteração em sua distribuição? Faça seu comentário e participe desse assunto que é altamente importante para nossa vida.

Um comentário:

  1. O interessante é não ficarmos apenas no debate dos 15%, mas sim também dos 85% que são destinados ao capital privado. Porque enão debatemos o regime de concessão do Governo FHC (PSDB) ou/e o regime de partilha feita pelo governo Lula (PT). Ao começarmos a nos perguntar o porque de alguma maneira quem mais lucra são as multinacionais é que iremos ver que todos os Estados poderiam estar ganhando muito mais. É claro que não concordo com essa emenda, mas acredito que o Brasil inteiro pode sair ganhando. Um outro texto, anteriormente aprovado, era muito mas completo e garantia a todos parte da distribuição dos Royalties, distribuição essa que seria feita proporcionalmente, dando aos estados produtores 26,5%, aos municípios confrontantes 18%, as cidades afetadas pelo embarque e desembarque 5%, a União 20%, estados não produtores 22% e todos os munícípios brasileiros com 8,75%. É muito importante ressaltar também, que o presidente do Brasil, Lula (PT) apoio o o governador mencionado como "sem noção", isso me faz pensar por onde anda a ideologia Petista!

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