sábado, 31 de maio de 2014

Mais um escândalo envolvendo empreiteiras - desta vez a Andrade Gutierrez - causa indignação


Em meio às investigações da Operação Ararath, que apura crimes contra a ordem financeira e lavagem de dinheiro em Mato Grosso, a Polícia Federal afirmou que, de 2009 a 2012, o governo do estado pagou R$ 260,6 milhões à empreiteira Andrade Gutierrez, valor referente às dívidas por obras feitas nos anos 80.


Segundo a Justiça, houve desrespeito à fila de credores em 2009, o que foi negado pela gestão do então governador Blairo Maggi, atual senador pelo PP. Todos os papéis da transação foram apreendidos com o ex-secretário estadual da Fazenda Éder Moraes (PMDB), que comandou a pasta tanto na gestão de Maggi como no atual governo, de Silval Barbosa (PMDB).
Assim que recebeu a garantia do pagamento, a Andrade Gutierrez vendeu os créditos dos precatórios a uma empresa alvo da operação, de acordo com a Folha de S. Paulo. Pelo que estava no contrato, a empreiteira cede parte dos créditos com deságio para a Piran Participações, de Valdir Piran, investigado pela PF, por apenas 54% do valor total.
O caso da Andrade Gutierrez é mais um entre diversos escândalos e suspeitas de irregularidades envolvendo empreiteiras e poder público. O que se pergunta quando vemos mais um episódio deste tipo é: quem é o responsável pela passeatas, a Copa ou a corrupção? E qual será o discurso que o brasileiro quer ouvir dos candidatos: "Não deixarei roubar", que é um pleonasmo e uma obrigação de uma autoridade, ou "Vou mandar prender e vou nominar todos os que estão destruindo a imagem do Brasil"?
Vivemos um momento de protestos de índios, de passeatas com black blocs, de declarações polêmicas de "ronaldos", de escândalos com empreiteiras, de sonegação dos clubes, que não pagam e nunca pagarão a parte do trabalhador (quando isso acontece com qualquer empresa, cabe a prisão, porque é apropriação indébita do patrão do que seria destinado aos empregados)... Com todos este turbilhão que causa indignação, como se não bastasse todos os outros casos que já vieram à tona, o discurso que todo o brasileiro gostaria de ouvir dos candidatos é: "Vamos prender os que roubaram." 
Não importa se o Brasil vai crescer ou não, não importa se teremos mais ou menos delinquentes todos eles produto da falta de emprego, da falta de tudo. A corrupção impede que qualquer autoridade se credencie moralmente ou politicamente para representar este povo sofrido. O país não aguenta mais ver os mesmos homens protagonizando escândalos, homens que são produto da corrupção e que se tornaram miliardários sem nunca terem trabalhado.fonte: www.jb.com.br
Nesse sentido, o que podemos dizer é que precisamos atentar para esse sistema que tem ao longo dos anos de República no Brasil, dilapidado nossa riqueza. 
O capitalismo já nos deu provas suficientes que ele não é e nunca será a solução para retirada de nossas crianças das ruas, solucionar o problema de distribuição de renda, inclusão de grupos historicamente excluídos dentro de nossa sociedade. Precisamos sim, irmos para as ruas, mas, para deixar claro que não aguentamos mais, compra de votos, "jeitinho brasileiro" no serviço público, e uma série de vantagens que as vezes você gosta. Diga não a corrupção!!! 
Vamos para as ruas para dizer não a corrupção e não ao capitalismo que mata nossas crianças, jovens, adultos e nossos idosos. Pense nisso, estamos numa luta de classes.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Quando se cai na real, a conversa sobre a Copa é outra
23 de maio de 2014 | 08:55 Autor: Fernando Brito
Com anos de atraso, a Folha publica hoje um levantamento feito pelos repórteres Gustavo Patu, Dimmi Amora e Filipe Coutinho que, como e diz nas conversas informais, “baixa a bola” dos “gastos absurdos com a Copa do Mundo”.

É o que dá ter raros momentos de jornalismo correto na mídia brasileira, porque não é nenhum “furo”, mas apenas a compilação de dados que são e sempre foram públicos.
A começar pela abertura do texto escrito pelos três:
Mesmo mais altos hoje do que o previsto inicialmente, os investimentos para a Copa representam parcela diminuta dos orçamentos públicos.
Alvos frequentes das manifestações de rua, os gastos e os empréstimos do governo federal, dos Estados e das prefeituras com a Copa somam R$ 25,8 bilhões, segundo as previsões oficiais. O valor equivale a, por exemplo, 9% das despesas públicas anuais em educação, de R$ 280 bilhões.

Em outras palavras, é o suficiente para custear aproximadamente um mês de gastos públicos com a área.
E eles próprios se encarregam de dizer que nem sequer é assim, porque estes gastos diluíram-se pelos últimos sete anos e, sobretudo, porque uma parte (a maior parcela, 32%) é feita com financiamentos de bancos públicos (quase toda do BNDES) e vai retornar. Adiante falarei dela.

Bem, do gráfico publicado, conclui-se que o Governo Federal gastou R$ 5,8 bi diretamente com a Copa: R$ 2,7 bi na modernização e ampliação dos aeroportos, R$ 1,9 em segurança pública – quase tudo equipando, a fundo perdido, as polícias estaduais, R$ 600 mil em portos, R$ 400 mil em telecomunicações  e R$ 200 milhões em gastos diversos.
Aeroportos e portos, além de serem serviços públicos essenciais ao desenvolvimento econômico, geram receitas de tarifas e concessões.
Nenhum tostão, como você vê, em estádios.

Do dinheiro dos estádios, um total de R$ 8 bilhões, perto da metade veio de financiamentos federais, através do BNDES, de duas formas: debêntures e empréstimos.
Debêntures são “letras” financeiras e, no caso do estádio, seus tomadores pagam 6,2%% de juros mais a inflação do período.
No caso dos empréstimos, os tomadores, além de oferecer garantias, têm de pagar  TJLP (taxa de juros de longo prazo), que de 2009 para cá variou entre 6,25% e 5%, mais  1,4% (taxa  BNDES + intermediação financeira), mais risco de crédito (até 4,18%), além da taxa que o o tomador pagará a o banco operar o crédito. No total, portanto, pagam juros muito semelhantes (em geral um pouco maiores, em alguns momentos frações de centésimo menores) que a taxa de juros com que o Governo capta dinheiro no mercado.
Isso quer dizer que não houve empréstimo subsidiado pelo Governo Federal?
Sim, houve,  maiores. E continuam existindo, independente de Copa.
São os recursos para obras de mobilidade urbana que, só nos empreendimentos ligados à Copa, receberam  R$ 4,4 bilhões. Como é isso: o BNDES financia contrando TJLP + 2% no caso de o empréstimo ser tomado por Estados e Municípios ou por TJLP + 1% + risco de crédito de até 4,18% no caso do financiamento ser feito por empresa privada.
Convenhamos que  é uma forma muito mais adequada de o banco usar seus recursos em favor da população do que, como fez em 2002, aplicar R$ 281 milhões (R$ 1 bilhão, hoje, corrigidos pela taxa Selic) na Net, então propriedade dos Marinho (a família mais rica do Brasil), que estava enforcada de dívidas.

No caso dos Estados e Municípios, a grande maioria, boa parte dos gastos vem  das contrapartidas locais para obras de mobilidade (R$ 2,4 bi, ou 41%) e os restantes R$ 3,3 bilhões em gastos diretamente com obras dos estádios e com as do seu entorno (ruas, praças, pátios, passarelas).
Os números insuspeitos publicados pela Folha vêm na mesma linha daquilo que ontem se comentou aqui.

Tirando os gastos imprevistos de três governos estaduais (Sérgio Cabral , com o Maracanã, Agnelo Queiroz, com o Mané Garrinha e Aécio Neves-Anastasia como Mineirão, que começou as obras ainda na gestão do atual candidato do PSDB à Presidência), os outros dois estádios que custaram muito mais do que o inicialmente previsto, o Beira-Rio e o Itaquerão, foram  tocados pela iniciativa privada.

Há uma hidrofobia de direita implantada na mídia e em parte da classe média que eclipsa qualquer capacidade de exame racional dos fatos.
Se eu fosse um obtuso irracional, que não reconhecesse o direito de uma categoria profissional essencialíssima , como a dos professores, poderia dizer que se gastou muito mais que aquele “um mês”  de Educação que a Copa custou com as greves e paralisações (em geral, justas) do magistério.

E isso seria uma apelação, porque eu estaria colocando nos direitos dos professores a “culpa” das nossas históricas carências no setor.
Colocar na Copa a “culpa” pelos problemas da educação, da saúde, da assistência social, da habitação é, igualmente, uma estupidez.
Que só tem um fundamento, embora a maioria dos que fazem isso não o percebam: as eleições.


terça-feira, 13 de maio de 2014

PV se une com PT e Pc do B em aliança de esquerda no Rio de Janeiro.

O senador Lindbergh Farias, anunciou nesta segunda-feira dia 12/05/2014, a aliança com o Partido Verde para as eleições estaduais. Foi anunciado também que o ambientalista Roberto Rocco (PV) será o pré-candidato a vice-governador. Lindberg Farias, tenta a ampliação dessa aliança em torno de sua candidatura e ganhar tempo de rádio e televisão na propaganda eleitoral gratuita. 

Presidenta do diretório estadual do PV, Carla Piranda  não compareceu ao evento por contas de problemas de saúde. Na sexta-feira, ela comandou a reunião do partido que decidiu pela aliança com o PT e o PC do B. Ela foi representada pelo vice, Carlos Sion. 

O próximo alvo da cúpula de PT e PV, além do PC do B, é a atrair o PDT. Os netos do ex-governador Leonel Brizola são simpáticos à ideia, mas o presidente do partido, Carlos Lupi, negocia apoio ao governador Pezão.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Dilma tem 37%, Aécio, 20%, e Campos, 11%, diz Datafolha.

O Instituto Datafolha divulgou nesta sexta-feira uma nova rodada de pesquisa de intenção de voto para presidente da República. A pesquisa publicada pelo jornal Folha de S. Paulo indica que a presidenta Dilma Rousseff (PT) tem 37% das intenções de voto, contra 38% dos demais candidatos somados, o que deixa indefinido o cenário para o segundo turno. O resultado é considerado empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em comparação com a última pesquisa, entre os candidatos mais citados, Dilma foi de 38% para 37%, Aécio subiu de 16% para 20% e Campos passou de 10% para 11%. Veja o resultado da pesquisa Datafolha:
Cenário com partidos menores

- Dilma Rousseff (PT): 37% 
- Aécio Neves (PSDB): 20% 
- Eduardo Campos (PSB): 11% 
- Pastor Everaldo (PSC): 3% 
- Eduardo Jorge (PV): 1% 
- José Maria (PSTU): 1% 
- Denise Abreu (PEN): 1% 
- Randolfe Rodrigues (PSOL): 1% 
- Eymael (PSDC): 0% 
- Levy Fidelix (PRTB): 0% 
- Mauro Iasi (PCB): 0% 
- Brancos/nulos/nenhum: 16% 
- Não sabe: 8%

Cenário sem os partidos menores

- Dilma: 41% 
- Aécio: 22% 
- Campos: 14% 
- Brancos/nulos: 16% 
- Não sabe: 7%

A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 8 de abril, com 2.844 pessoas entrevistadas, em 174 cidades do país. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00104/2014. fonte: www.odia.com.br

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Assembleia de Deus de São Caetano, compra helicópitero de R$ 1.900.000,00

O Governo do Estado de São Paulo vendeu quase um ano depois de anunciar que queria vender uma aeronave, para manter o preço da passagem do metrô, em resposta às manifestações de junho de 2013.

Uma das congregações da Assembleia de Deus venceu a licitação nesta terça-feira para comprar o helicóptero que prestava serviços para a gestão Geraldo Alckmin (PSDB).

O valor mínimo do certame era de US$ 850 mil, ou cerca de R$ 1,9 milhão. Esta foi a quarta tentativa do governo de vender a aeronave. Inicialmente, o preço pedido era R$ 400 mil mais alto.

O pregão foi vencido pela igreja São Caetano do Ministério Madureira da Assembleia de Deus, representada por seu presidente, o pastor Marcos Roberto Dias. Ela foi a única a apresentar propostas.
Fonte: http://painel.blogfolha.uol.com.br/2014/05/07/assembleia-de-deus-compra-helicoptero-de-alckmin-por-r-19-mi/     WWW.folhaonline.com.br

terça-feira, 6 de maio de 2014

Mulher chama policial de ‘macaco’ e é presa em Ouro Preto do Oeste, RO.

Uma mulher foi presa após chamar um policial militar de “macaco” na madrugada de domingo passado dia 04 de maio, em Ouro Preto do Oeste (RO).

Segundo o boletim de ocorrência, foi o próprio marido que avisou a PM que a esposa havia entrado no quartel. Os policiais chegaram até o pátio e a mulher passou a xingá-los. Após chamar uma policial de "branquela vagabunda", foi dada a voz de prisão e a mulher continuou com os palavrões, e se voltou para outro policial, chamando-o de "macaco fedorento".
                                                                                                                                                                                  De acordo com o delegado Júlio César Souza, a mulher não responderá por racismo. “Ela chegou na delegacia muito embriagada e se referiu aos policiais com palavras ofensivas, mas não cabe racismo. Nesse caso, ela será enquadrada no artigo que qualifica como injúria", explicou. fonte: globo.com.br
E você, o que acha dessa situação? O Brasil é um país racista? Porque ela foi enquadrada no crime de injúria racial e não no crime de racismo? Quando os “doutores” querem livrar amigos ou pares de classe social, conseguem encontrar brechas na lei. E aí, dê sua opinião...

   

Dia Internacional Contra a Discriminação Racial!

Hoje Dia Internacional contra a Discriminação Racial.  Num momento em que vivemos ataques raciais diários em nosso país e em todo mundo...